Epistemologia ou teoria do conhecimento (do grego ἐπιστήμη [episteme], ciência, conhecimento; λόγος logos], discurso) é um ramo da Filosofia que trata dos problemas filosóficos relacionados com a crença e o conhecimento.
A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento, motivo pelo qual também é tipicamente conhecida por filosofia do conhecimento. Relaciona-se com a metafísica, a lógica e o empirismo, uma vez que avalia a consistência lógica da teoria e a sua coesão factual. Este facto torna-a uma das principais vertentes da filosofia (é considerada a "correctora" da ciência). A sua problemática compreende a questão da possibilidade do conhecimento, nomeadamente se é possível (técnicamente, a um ser humano) conseguir algum dia atingir o conhecimento total e genuíno, fazendo-nos oscilar entre uma resposta dogmática ou empirista. Outra questão abrange os limites do conhecimento: Haverá realmente a distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível? E finalmente, a questão sobre a origem do conhecimento: Por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e seguro em alguma concepção a priori?
Escreva sua história na areia da praia, para que as ondas a levem através dos 7 mares até tornar-se lenda na boca das estrelas cadentes. Conte sua história ao vento, cante-a nos bares para rudes marujos, aqueles cujos olhos são faróis sujos, sem brilho. Escreva no asfalto com sangue, grite bem alto sua história, antes que seja varrida na manhã seguinte pelos garis. Abra o peito na direção dos canhões! Suba nos tanques de Pequim. Derrube os muros de Berlim. Destrua as cátedras de Paris.
Patacala
- Lifes Chronicles
- O estudo como um todo me transformou num ser mais cult..., o quartel deu-me algum caráter, algo de austeridade, e bastante disciplina...A vida me transforma, ainda hoje, num ser mais responsável e feliz... Tenho que pôr para fora a historiografia do espaço que me cerca...por mim, por todos que me cercam, pelos alunos e pelos meus amados descendentes... Quem sou eu, afinal? Sou pai, marido, militar, mestre, pesquisador, flamenguista e carioca....um tanto quanto crazy....mas impondo pitadas de juízo e seriedade, e retirando um outro tanto de rock´n roll, atesta-se experimentalmente, probabilisticamente e aprioristicamente que eu sou normal...
Reencontrar e lidar com um mundo de transliteração cerebral....passar e absorver opiniões...dialogar e transformar o abastrato em concreto...idéias...conhecimento...admiração...deve bastar até o fim dos meus dias...
Viajar é preciso....
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Viajar é preciso....
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sábado, 28 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Tia Nair
Foi-se mais uma tia, para junto de meus saudosos pais....
Festa no céu, Rimã!, diria seu Antônio, como saudosamente ele chamava tia Nair...
No caminho para CG, rumo à sua última homenagem, pude relembrar momentos felizes vividos por mim e Aline junto à ela....não a via a muitos anos, mas sei que minhas melhores lembranças até os 13 anos eram todas junto à Ela, meu tio Zé, meus pais e primos....almoço grande em sua casa....brincadeira com primos e vivinhos....banho de bica....banho de barril...e não é que descobri que o barril ainda existe!
Foram talvez os domingos mais bem vividos de minha vida, antes de ter tido minhas filhas!
Nesses momentos, toma-nos um sentimento ambíguo de tristeza e alegria....tristeza pela perda de um ente querido....alegria por relembrar dos momentos felizes, rever primos, saber notícias de todos, ser reconhecido mesmo depois de velho, conhecer novos primos, sangue de meu sangue....e enfim é isso que nós somos e é para lá que nós vamos....nossa família, nossa essência...
Quem sabe um dia não vou à Flexeira - AL....onde Vó Didi e Vô Eduardo criaram Tônho, Lurdes, Amélia, Dédi, Nair, Irene, Diva, Bastos, Boi Lambeu e agregados....Vó Didi, vc era uma santa....
Festa no céu, Rimã!, diria seu Antônio, como saudosamente ele chamava tia Nair...
No caminho para CG, rumo à sua última homenagem, pude relembrar momentos felizes vividos por mim e Aline junto à ela....não a via a muitos anos, mas sei que minhas melhores lembranças até os 13 anos eram todas junto à Ela, meu tio Zé, meus pais e primos....almoço grande em sua casa....brincadeira com primos e vivinhos....banho de bica....banho de barril...e não é que descobri que o barril ainda existe!
Foram talvez os domingos mais bem vividos de minha vida, antes de ter tido minhas filhas!
Nesses momentos, toma-nos um sentimento ambíguo de tristeza e alegria....tristeza pela perda de um ente querido....alegria por relembrar dos momentos felizes, rever primos, saber notícias de todos, ser reconhecido mesmo depois de velho, conhecer novos primos, sangue de meu sangue....e enfim é isso que nós somos e é para lá que nós vamos....nossa família, nossa essência...
Quem sabe um dia não vou à Flexeira - AL....onde Vó Didi e Vô Eduardo criaram Tônho, Lurdes, Amélia, Dédi, Nair, Irene, Diva, Bastos, Boi Lambeu e agregados....Vó Didi, vc era uma santa....
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Recado
Se me der um beijo eu gosto
Se me der um tapa eu brigo
Se me der um grito não calo
Se mandar calar mais eu falo
Mas se me der a mão
Claro, aperto
Se for franco
Direto e aberto
Tô contigo amigo e não abro
Vamos ver o diabo de perto
Mas preste bem atenção, seu moço
Não engulo a fruta e o caroço
Minha vida é tutano é osso
Liberdade virou prisão
Se é amor deu e recebeu
Se é suor só o meu e o teu
Verbo eu pra mim já morreu
Quem mandava em mim nem nasceu
É viver e aprender
Vá viver e entender, malandro
Vai compreender
Vá tratar de viver
E se tentar me tolher é igual
Ao fulano de tal que taí
Se me der um tapa eu brigo
Se me der um grito não calo
Se mandar calar mais eu falo
Mas se me der a mão
Claro, aperto
Se for franco
Direto e aberto
Tô contigo amigo e não abro
Vamos ver o diabo de perto
Mas preste bem atenção, seu moço
Não engulo a fruta e o caroço
Minha vida é tutano é osso
Liberdade virou prisão
Se é amor deu e recebeu
Se é suor só o meu e o teu
Verbo eu pra mim já morreu
Quem mandava em mim nem nasceu
É viver e aprender
Vá viver e entender, malandro
Vai compreender
Vá tratar de viver
E se tentar me tolher é igual
Ao fulano de tal que taí
Crônica da Solidão
Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia….
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
domingo, 15 de agosto de 2010
Saudade de Seu Antônio Fajardo
When I heard the land was burning
Like the bonfires of São João
I asked God up there in His heaven
What is happening to us now?
What a hellfire, what a furnace,
Not a tree was left alive
And all my cattle, they lay there dying
Even my horse, dear, did not survive
And the white winged dove has flown now,
Far away from this burnt land
And so I say now, adeus Rosinha,
Know in my heart I’ll be back again
Now I live in this big city,
Such a long, long way away
But when I hear that the rain is falling,
Back to my home I’ll return someday
And the land one day will blossom,
Like the green that’s in your eyes
And I assure you, my dear Rosinha,
I will be back here, right by your side
Like the bonfires of São João
I asked God up there in His heaven
What is happening to us now?
What a hellfire, what a furnace,
Not a tree was left alive
And all my cattle, they lay there dying
Even my horse, dear, did not survive
And the white winged dove has flown now,
Far away from this burnt land
And so I say now, adeus Rosinha,
Know in my heart I’ll be back again
Now I live in this big city,
Such a long, long way away
But when I hear that the rain is falling,
Back to my home I’ll return someday
And the land one day will blossom,
Like the green that’s in your eyes
And I assure you, my dear Rosinha,
I will be back here, right by your side
Elvis The Pelvis
Elvis Aaron Presley foi um famoso músico e ator, nascido nos Estados Unidos da América, sendo mundialmente denominado O Rei do Rock, também conhecido pela alcunha de Elvis The Pelvis, apelido pelo qual ficou conhecido na década de 50 por sua maneira extravagante e ousada de dançar. Uma de suas maiores virtudes era a sua voz, devido ao seu alcance vocal, que atingia, segundo especialistas, notas musicais de difícil alcance para um cantor popular. A crítica especializada reconhece seu expressivo ganho, em extensão, com a maturidade; além de virtuoso senso rítmico, força interpretativa e um timbre de voz que o destacava entre os cantores populares, sendo avaliado como um dos maiores e por outros como o melhor cantor popular do século 20.
Amanhã, dia 16 de agosto, serão 33 anos sem o Rei...
Amanhã, dia 16 de agosto, serão 33 anos sem o Rei...
A incrível sensibilidade do ser humano
Sensibilidade -capacidade de sentir.
Propriedade de reação dos organismos aos estímulos externos ou internos: sensibilidade cutânea; sensibilidade moral. Percepção aguda.Tendência, disposição a ser dominado pelas impressões, sentimentos, emoções; impressionabilidade, suscetibilidade.
Talvez o ser humano ainda seja capaz de encontrar sensibilidade no semelhante....quem sabe a inveja ou o egoísmo traiam sentimento dão indolente...
O que preciso dizer é que pra mim sentir é respirar...acho que meu sexto-sentido não é tão aguçado, mas me dá um toque mágico...
O pior talvez seja ter sensibilidade aguçada e ser reconhecido como macho, homem no sentido mais tosco da palavra, aquele que foi criado para ser insensível...isso destrói...
Propriedade de reação dos organismos aos estímulos externos ou internos: sensibilidade cutânea; sensibilidade moral. Percepção aguda.Tendência, disposição a ser dominado pelas impressões, sentimentos, emoções; impressionabilidade, suscetibilidade.
Talvez o ser humano ainda seja capaz de encontrar sensibilidade no semelhante....quem sabe a inveja ou o egoísmo traiam sentimento dão indolente...
O que preciso dizer é que pra mim sentir é respirar...acho que meu sexto-sentido não é tão aguçado, mas me dá um toque mágico...
O pior talvez seja ter sensibilidade aguçada e ser reconhecido como macho, homem no sentido mais tosco da palavra, aquele que foi criado para ser insensível...isso destrói...
sábado, 14 de agosto de 2010
Desprendimento despretensioso do passado
Diz-se que o melhor de se viver é transpor obstáculos e conquistar seus sonhos
Mas serão os obstáculos somatórios de erros...
Sinto que devo agir de maneira simplória
Despretensiosamente
Desprender do passado e viver no futuro é sonhar
Mas sonho custa caro, ainda mais depois de tantos anos sem viver a vida
Espero que a sensação de paz possa filtrar o custo de toda a escolha feita
Espero que a visão do horizonte venha a acalentar
Espero que o afago da solidão possa acalmar
Espero
E passo um terço da vida esperando
Avançar sem pretensão de ser algo mais do que apenas um ponto fixo no oceano
Fortaleça-me, ó diferenciação
Para que mais tarde lembrem-se de mim não pelo perfil louco de ser
Mas pelo apreço à liberdade, à cultura e à inteligência
Mas serão os obstáculos somatórios de erros...
Sinto que devo agir de maneira simplória
Despretensiosamente
Desprender do passado e viver no futuro é sonhar
Mas sonho custa caro, ainda mais depois de tantos anos sem viver a vida
Espero que a sensação de paz possa filtrar o custo de toda a escolha feita
Espero que a visão do horizonte venha a acalentar
Espero que o afago da solidão possa acalmar
Espero
E passo um terço da vida esperando
Avançar sem pretensão de ser algo mais do que apenas um ponto fixo no oceano
Fortaleça-me, ó diferenciação
Para que mais tarde lembrem-se de mim não pelo perfil louco de ser
Mas pelo apreço à liberdade, à cultura e à inteligência
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Vida
Tem dias que consigo conter essa minha urgência completamente louca, confusa, meio que atrapalhada, ilimitada, desgovernada, mas não é fácil!
Eu sou assim, e não me preocupo se ser assim incomoda tanto...
Na verdade eu adoraria mesmo era passar despercebido, algo do tipo sem ser notado.
Quero viver simplesmente, e não adianta ninguém me pedir calma, juro que eu não consigo. Minha natureza é revolucionaria, e no meu peito bate um coração acelerado, forte, louco, apaixonado. Fui sempre assim, carrego comigo um amor explosivo, pronto para "pegar fogo" a qualquer momento.
Eu sou assim, e não me preocupo se ser assim incomoda tanto...
Na verdade eu adoraria mesmo era passar despercebido, algo do tipo sem ser notado.
Quero viver simplesmente, e não adianta ninguém me pedir calma, juro que eu não consigo. Minha natureza é revolucionaria, e no meu peito bate um coração acelerado, forte, louco, apaixonado. Fui sempre assim, carrego comigo um amor explosivo, pronto para "pegar fogo" a qualquer momento.
Atraso Pontual
Ontens e hojes, amores e ódio,
adianta consultar o relogio?
Nada poderia ter sido feito,
a não ser o tempo em que foi lógico.
Ninguém nunca chegou atrasado.
Bençãos e desgraças
vem sempre no horário.
Tudo o mais é plágio.
Acaso é este encontro
entre tempo e espaço
mais do que um sonho que eu conto
ou mais um poema que faço?
Paulo Leminski
adianta consultar o relogio?
Nada poderia ter sido feito,
a não ser o tempo em que foi lógico.
Ninguém nunca chegou atrasado.
Bençãos e desgraças
vem sempre no horário.
Tudo o mais é plágio.
Acaso é este encontro
entre tempo e espaço
mais do que um sonho que eu conto
ou mais um poema que faço?
Paulo Leminski
Narinha e Chico
- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim
Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- ...que eu quero saber o seu jogo
- ...que eu quero morrer no seu bloco...
- ...que eu quero me arder no seu fogo
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor
- Eu tenho um pandeiro
- Só quero um violão
- Eu nado em dinheiro
- Não tenho um tostão...Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar
- Eu sou tão menina
- Meu tempo passou
- Eu sou colombina
- Eu sou pierrô
Mas é carnaval, não me diga mais quem é você
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira que você me quer
O que você pedir eu lhe dou
Seja você quem for, seja o que Deus quiser
- Adivinha se gosta de mim
Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- ...que eu quero saber o seu jogo
- ...que eu quero morrer no seu bloco...
- ...que eu quero me arder no seu fogo
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor
- Eu tenho um pandeiro
- Só quero um violão
- Eu nado em dinheiro
- Não tenho um tostão...Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar
- Eu sou tão menina
- Meu tempo passou
- Eu sou colombina
- Eu sou pierrô
Mas é carnaval, não me diga mais quem é você
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira que você me quer
O que você pedir eu lhe dou
Seja você quem for, seja o que Deus quiser
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Meninaaa
She's my girl And I'm her boy She is my love And I am the love all of her The silver moon hid And the golden sun appeared Dawned a beautiful day Smelling the joy For I dreamed And I woke up thinking about her Cause she's my girl And I'm her boy She is my love And I am the love all of her The pink rose has already And the rose that I got was she For her I put my heart In front of reason And I will tell everybody How i like her
Manual de instruções
Chorei, como criança perdida da mão da mãe no centro
Achei que o mundo fosse acabar
Não há nada pra temer eu sei
O problema é botar isso na cabeça dura que não entra nada
Ah, se as pessoas viessem com manual de instruçoes
Achei que o mundo fosse acabar
Não há nada pra temer eu sei
O problema é botar isso na cabeça dura que não entra nada
Ah, se as pessoas viessem com manual de instruçoes
Aniversário Virtual - Os Clássicos que me sigam
Hoje se lembram de seu aniversário de forma virtual
Não se estranhe você que é tão clássico
Que não se vive por inteiro
Vive-se pela metade
Vive-se virtualmente
Faz-se virtualmente
Diz-se virtualmente
Sente-se virtualmente
Mas nada como os clássicos
Na introspectiva vontade de comunicar-se
Ao som de Roberto Carlos
Não se estranhe você que é tão clássico
Que não se vive por inteiro
Vive-se pela metade
Vive-se virtualmente
Faz-se virtualmente
Diz-se virtualmente
Sente-se virtualmente
Mas nada como os clássicos
Na introspectiva vontade de comunicar-se
Ao som de Roberto Carlos
domingo, 8 de agosto de 2010
A Velhice Pede Desculpas
Tão velho estou como árvore no inverno,
vulcão sufocado, pássaro sonolento.
Tão velho estou, de pálpebras baixas,
acostumado apenas ao som das músicas,
à forma das letras.
Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético
dos provisórios dias do mundo:
Mas há um sol eterno, eterno e brando
e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir.
Desculpai-me esta face, que se fez resignada:
já não é a minha, mas a do tempo,
com seus muitos episódios.
Desculpai-me não ser bem eu:
mas um fantasma de tudo.
Recebereis em mim muitos mil anos, é certo,
com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras.
Desculpai-me viver ainda:
que os destroços, mesmo os da maior glória,
são na verdade só destroços, destroços.
Cecília Meireles
vulcão sufocado, pássaro sonolento.
Tão velho estou, de pálpebras baixas,
acostumado apenas ao som das músicas,
à forma das letras.
Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético
dos provisórios dias do mundo:
Mas há um sol eterno, eterno e brando
e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir.
Desculpai-me esta face, que se fez resignada:
já não é a minha, mas a do tempo,
com seus muitos episódios.
Desculpai-me não ser bem eu:
mas um fantasma de tudo.
Recebereis em mim muitos mil anos, é certo,
com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras.
Desculpai-me viver ainda:
que os destroços, mesmo os da maior glória,
são na verdade só destroços, destroços.
Cecília Meireles
Roda Viva
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(
sábado, 7 de agosto de 2010
Imensidão
O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter cérebro.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano.
A mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza.
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa.
A mulher, o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O farol guia.
A esperança salva.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
a mulher, onde começa o céu!!!
Victor Hugo
A mulher sonha.
Pensar é ter cérebro.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano.
A mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza.
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa.
A mulher, o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O farol guia.
A esperança salva.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
a mulher, onde começa o céu!!!
Victor Hugo
Um curta sobre a História da MPB
Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro, destacam-se os seguintes cantores e compositores : Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes intérpretes da música popular brasileira : Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves.
Na década de 1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.
Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o samba-canção. Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam principalmente de amor. Destacam-se neste contexto musical : Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela Maria e Caubi Peixoto.
Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos.
A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nesta época, a TV Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período, a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa.
Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos quatro cantos do país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades. O mesmo acontece com DJavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de Minas Gerais), Belchior e Fagner ( ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho (da Paraíba). No cenário do rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor.
Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.
Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country. Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical : Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel.
Nesta época, no cenário rap destacam-se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9.
O século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM
Na década de 1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.
Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o samba-canção. Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam principalmente de amor. Destacam-se neste contexto musical : Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela Maria e Caubi Peixoto.
Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos.
A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nesta época, a TV Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período, a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa.
Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos quatro cantos do país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades. O mesmo acontece com DJavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de Minas Gerais), Belchior e Fagner ( ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho (da Paraíba). No cenário do rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor.
Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.
Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country. Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical : Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel.
Nesta época, no cenário rap destacam-se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9.
O século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Obrigado Meu Deus
Senhor, quero agradecer-te por mais este dia. sei que sou imperfeito e muitas vezes imprudente. sou tão pequeno diante da tua grandeza que assemelho-me a uma formiga se comparado a ti.
Obrigado, pai, pelos irmãos protetores, anjos da guarda que me acompanham enviados por tua bondade para comigo.
Esteja sempre presente e permita-me que nunca lhe abandone...ilumine a minha família, os meu amigos, a minha vida...
Obrigado, pai, pelos irmãos protetores, anjos da guarda que me acompanham enviados por tua bondade para comigo.
Esteja sempre presente e permita-me que nunca lhe abandone...ilumine a minha família, os meu amigos, a minha vida...
Permita-se aceitar seu signo astrológico
LEONINOS: "Quando não são insuportáveis, são geniais." Na maioria das vezes, eles conseguem ser as duas coisas - geniais e insuportáveis ao mesmo tempo. Leonino é assim: já nasce grande!!! A imaginação, então, é enorme. Mal pronunciando as palavras, um simples prédio já é um castelo; duas árvores juntas, uma floresta; uma lagartixa, um filhote de dinossauro e todo peixe, um tubarão. O NÃO recebido é igual a NUNCA MAIS; o NÃO dado como resposta é definitivo. O efeito da gravidade neles é mesmo diferente. Puxa-os para o centro. Nunca para baixo. É exuberante sempre, autoritário às vezes, carinhoso ao extremo. Há de se levar em conta que os leoninos guardam suas diferenças. Também são intuitivos como ninguém. São sempre superiores, mesmo quando não se sentem assim. Estão sempre por cima, mesmo quando seus olhos se voltam para baixo. Às vezes, cruéis na sinceridade, precipitados nos julgamentos. Mas NUNCA injustos. SEMPRE LEAIS!!! São também, inspiradores, altivos, orgulhosos e donos da verdade.
On the Road
Impressionismo literário pós guerra de Jack Kerouac...
Casualmente, uma gostosíssima garota do Colorado bateu aquele shake pra mim; ela era toda sorrisos também; eu me senti gratificado, aquilo me refez dos excessos da noite passada. Disse a mim mesmo: Uau! Denver deve ser ótima. Retornei à estrada calorenta e zarpei num carro novo em folha, dirigido por um jovem executivo de Denver, um cara de uns trinta e cinco anos. Ele ia a cento e vinte por hora. Eu formigava inteiro; contava os minutos e subtraía os quilômetros. Bem em frente, por trás dos trigais esvoaçantes, que reluziam sob as neves distantes do Estes, eu finalmente veria Denver. Imaginei-me num bar qualquer da cidade, naquela noite, com a turma inteira; aos olhos deles, eu pareceria misterioso e maltrapilho, como um profeta que cruzasse a terra inteira para trazer a palavra enigmática, e a única palavra que eu teria a dizer era: “Uau!”…
Casualmente, uma gostosíssima garota do Colorado bateu aquele shake pra mim; ela era toda sorrisos também; eu me senti gratificado, aquilo me refez dos excessos da noite passada. Disse a mim mesmo: Uau! Denver deve ser ótima. Retornei à estrada calorenta e zarpei num carro novo em folha, dirigido por um jovem executivo de Denver, um cara de uns trinta e cinco anos. Ele ia a cento e vinte por hora. Eu formigava inteiro; contava os minutos e subtraía os quilômetros. Bem em frente, por trás dos trigais esvoaçantes, que reluziam sob as neves distantes do Estes, eu finalmente veria Denver. Imaginei-me num bar qualquer da cidade, naquela noite, com a turma inteira; aos olhos deles, eu pareceria misterioso e maltrapilho, como um profeta que cruzasse a terra inteira para trazer a palavra enigmática, e a única palavra que eu teria a dizer era: “Uau!”…
Bootlegs
O "american composer” e guitarrista sublime Frank Zappa detestava pirataria. Não curtia, claro, o fato de que vários de seus títulos circularam, ao longo dos anos e em diversas praças, na base do clone, da falsificação, da réplica ilegal. E também não simpatizava com o universo dos bootlegs – vertente, digamos, mais branda da pirataria, que parece(u) gozar de certo salvo-conduto artístico por ser uma atividade mais próxima do fã, com interferência menor nas carreiras discográficas, já que falamos invariavelmente de registros alternativos como shows, gravações perdidas etc. O capricho gráfico, de produção de alguns desses bootlegs é de fazer inveja aos lançamentos oficias das grandes corporações. Para a indústria do disco, tudo a mesma coisa: atividade ilegal e condenável.
Na briga contra o elusivo e gigante mercado dos bootlegs, Zappa encampou curioso projeto de contra-ataque no limiar da década de 90. Consultou um especialista na sua (gigante) discografia não-oficial, selecionou os 15 títulos mais legais/famosos/prediletos e os lançou, através de 2 pacotes, em caráter oficial. A série Beat The Boots fez a alegria daqueles que só conheciam esse ou aquele título (tiragens sempre reduzidas), mas não resolveu exatamente a questão. Tudo bem que mais gente teve acesso aos discos, com qualidade melhorada, mas os bootlegs originais passaram a valer mais e nada disso impediu que Zappa continuasse a ser um dos artistas mais perseguidos pelos produtores clandestinos planeta afora.
O músico de Baltimore não foi o primeiro e nem o único a atacar, dessa forma, esse lado da sua pirataria. O Sr. Zimmerman, por exemplo, também tem sua Bootleg Series. Aliás, segundo o jornalista Clinton Heylin, no seu fantástico livro Great White Wonders – A History of Rock Bootlegs, é o próprio Bob Dylan quem inaugura o filão dos bootlegs no rock (já ocorriam no âmbito da ópera, do jazz e do blues). Ou melhor, os espectrais responsáveis pelo bolachão Great White Wonder, que começou a pipocar em pequeno circuito de lojas independentes de Los Angeles, no verão de 1969. Na capa de papelão, só as 3 letras, GWW, e nos dois discos (selos brancos), material inédito de Bob Dylan – gravações caseiras de 61 e 67. Para Heylin, e especialistas em geral, surgia aqui toda uma nova indústria de discos. Alegria quase irrestrita dos apaixonados e entusistas desse ou daquele artista. Do outro lado, emoções e reações variando de acordo com a percepção de cada um desses artistas com relação à questão (exemplo grande de liberação geral é o do Grateful Dead, que praticamente incentivou a atividade, chegando ao ponto de criar áreas exclusivas nas dependências de seus concertos, para que os interessados em registrá-los o fizessem de maneira algo organizada).
Tudo isso para dizer que, se fizerem um listão com os títulos obrigatórios da discografia alternativa de Tom Waits, Nighthawks On The Radio é um daqueles que absolutamente não podem ficar de fora. Aliás, dada a qualidade quase transcendente do registro, é quase um crime que não tenha, ainda, uma versão oficial em circulação.
Em Nova Iorque, no dia 14 de dezembro de 1976, fazia um frio danado na rua. Nas dependências do estúdio Media Sound, a situação é bem diferente. Com o produtor radiofônico Vin Scelsa estão o baterista/percussionista Ralph Ebler e um já notório Thomas Alan Waits ao piano. Ao cabo de aproximadamente uma hora terão gravado um programa especial chamado Nighthawks In The Studio – referência ao disco Nighthawks At The Diner de Waits, lançado em 75. Transmitida parcialmente à época, a session seria retransmitida integralmente quase 20 anos depois, em 24 de março de 96, numa edição especial do programa From The Archives Weekend, pelo próprio Scelsa e nas mesmas ondas radiofônicas da WNEW-FM. Por ocasião dessa celebração surgiu, em caráter semi-oficial (“proibida a venda, só para trocas”), com a chancela do produtor, o disco Nighthawks On The Radio. A partir desse registro, a session começou a circular no mercadão abstrato dos bootlegs. E se impôs como fetiche, necessária para quem quisesse sacar legal a obra do cultuado e peculiar músico californiano Tom Waits
Na briga contra o elusivo e gigante mercado dos bootlegs, Zappa encampou curioso projeto de contra-ataque no limiar da década de 90. Consultou um especialista na sua (gigante) discografia não-oficial, selecionou os 15 títulos mais legais/famosos/prediletos e os lançou, através de 2 pacotes, em caráter oficial. A série Beat The Boots fez a alegria daqueles que só conheciam esse ou aquele título (tiragens sempre reduzidas), mas não resolveu exatamente a questão. Tudo bem que mais gente teve acesso aos discos, com qualidade melhorada, mas os bootlegs originais passaram a valer mais e nada disso impediu que Zappa continuasse a ser um dos artistas mais perseguidos pelos produtores clandestinos planeta afora.
O músico de Baltimore não foi o primeiro e nem o único a atacar, dessa forma, esse lado da sua pirataria. O Sr. Zimmerman, por exemplo, também tem sua Bootleg Series. Aliás, segundo o jornalista Clinton Heylin, no seu fantástico livro Great White Wonders – A History of Rock Bootlegs, é o próprio Bob Dylan quem inaugura o filão dos bootlegs no rock (já ocorriam no âmbito da ópera, do jazz e do blues). Ou melhor, os espectrais responsáveis pelo bolachão Great White Wonder, que começou a pipocar em pequeno circuito de lojas independentes de Los Angeles, no verão de 1969. Na capa de papelão, só as 3 letras, GWW, e nos dois discos (selos brancos), material inédito de Bob Dylan – gravações caseiras de 61 e 67. Para Heylin, e especialistas em geral, surgia aqui toda uma nova indústria de discos. Alegria quase irrestrita dos apaixonados e entusistas desse ou daquele artista. Do outro lado, emoções e reações variando de acordo com a percepção de cada um desses artistas com relação à questão (exemplo grande de liberação geral é o do Grateful Dead, que praticamente incentivou a atividade, chegando ao ponto de criar áreas exclusivas nas dependências de seus concertos, para que os interessados em registrá-los o fizessem de maneira algo organizada).
Tudo isso para dizer que, se fizerem um listão com os títulos obrigatórios da discografia alternativa de Tom Waits, Nighthawks On The Radio é um daqueles que absolutamente não podem ficar de fora. Aliás, dada a qualidade quase transcendente do registro, é quase um crime que não tenha, ainda, uma versão oficial em circulação.
Em Nova Iorque, no dia 14 de dezembro de 1976, fazia um frio danado na rua. Nas dependências do estúdio Media Sound, a situação é bem diferente. Com o produtor radiofônico Vin Scelsa estão o baterista/percussionista Ralph Ebler e um já notório Thomas Alan Waits ao piano. Ao cabo de aproximadamente uma hora terão gravado um programa especial chamado Nighthawks In The Studio – referência ao disco Nighthawks At The Diner de Waits, lançado em 75. Transmitida parcialmente à época, a session seria retransmitida integralmente quase 20 anos depois, em 24 de março de 96, numa edição especial do programa From The Archives Weekend, pelo próprio Scelsa e nas mesmas ondas radiofônicas da WNEW-FM. Por ocasião dessa celebração surgiu, em caráter semi-oficial (“proibida a venda, só para trocas”), com a chancela do produtor, o disco Nighthawks On The Radio. A partir desse registro, a session começou a circular no mercadão abstrato dos bootlegs. E se impôs como fetiche, necessária para quem quisesse sacar legal a obra do cultuado e peculiar músico californiano Tom Waits
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