Patacala

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O estudo como um todo me transformou num ser mais cult..., o quartel deu-me algum caráter, algo de austeridade, e bastante disciplina...A vida me transforma, ainda hoje, num ser mais responsável e feliz... Tenho que pôr para fora a historiografia do espaço que me cerca...por mim, por todos que me cercam, pelos alunos e pelos meus amados descendentes... Quem sou eu, afinal? Sou pai, marido, militar, mestre, pesquisador, flamenguista e carioca....um tanto quanto crazy....mas impondo pitadas de juízo e seriedade, e retirando um outro tanto de rock´n roll, atesta-se experimentalmente, probabilisticamente e aprioristicamente que eu sou normal...
Reencontrar e lidar com um mundo de transliteração cerebral....passar e absorver opiniões...dialogar e transformar o abastrato em concreto...idéias...conhecimento...admiração...deve bastar até o fim dos meus dias...

Viajar é preciso....













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domingo, 13 de maio de 2012

Recomeço...

Por vontade de permanecer vivo, de não me desfazer em poeira e areia, permaneço numa insistência instintiva querendo viver. Por quê? Não há ninguém além delas, da família que criei e tão felizmente cultivei, com gotas de saudades, mentiras, instantes de alegria, muita paixão, pingos de tristeza, mas muita, muita vontade de crescer e amar...

 O vazio ecoa palpitamente dentro do meu peito e já sente-se falta do que sentiu. E a mente? Essa nunca está vazia: pensamentos em batalhões, opostos e na contra-mão. "É guerra!" Mas eu só procurava um pouco de paz diante da insistente sensação incessante daquilo que ilusoriamente me persegue. Paz que em silêncio os olhos procuram aonde pousarem, os ouvidos a que se atentar e boca insiste em falar sem voz. Não há horizonte, não há o dia de amanhã, tudo está em branco.

O mundo, que até poucos instantes era sólido, passou a ser uma grande lacuna de futuro, o passado assombra feito ferida e trauma aberto e o presente já não é mais vívido. Apatia.

Essa é a companhia de quem tentou ser melhor e acabou por embarcar numa construção mentirosa de uma realidade inexistente, de um sonho estapafúrdio, de uma utopia ingênua de criança, de uma obsessão sexual e maligna. Não há ninguém. Somente eu, o batalhão de pensamentos em constante desarmonia e as palavras: meu consolo impresso em papel.

Não há ação.

Mas há amor, que é a presença dele na boa mente que me restou e no coração que ainda tenho. Não há eu. Não há você. Há nós. Além disso, não há ninguém.....somente um desterro....um universo vasto e triste. Abraço a solidão de minha'alma, sorrio para ela e a recebo destemido, pois culpado que sou tenho que eliminar o porvir...