Patacala

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O estudo como um todo me transformou num ser mais cult..., o quartel deu-me algum caráter, algo de austeridade, e bastante disciplina...A vida me transforma, ainda hoje, num ser mais responsável e feliz... Tenho que pôr para fora a historiografia do espaço que me cerca...por mim, por todos que me cercam, pelos alunos e pelos meus amados descendentes... Quem sou eu, afinal? Sou pai, marido, militar, mestre, pesquisador, flamenguista e carioca....um tanto quanto crazy....mas impondo pitadas de juízo e seriedade, e retirando um outro tanto de rock´n roll, atesta-se experimentalmente, probabilisticamente e aprioristicamente que eu sou normal...
Reencontrar e lidar com um mundo de transliteração cerebral....passar e absorver opiniões...dialogar e transformar o abastrato em concreto...idéias...conhecimento...admiração...deve bastar até o fim dos meus dias...

Viajar é preciso....













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Fajardo


Fahad era uma tribo de mercenários Árabes, provenientes do mundo antigo - Nordeste da África e Oriente. Eram numerosos e por isso negociavam sua força especialmente para servirem como pistoleiros no mundo árabe antigo.

Até hoje em algum lugares do interior do Egito, do Marrocos e na Catalugna Fahad quer dizer assassino, ladrão, uma espécie de marginal.

Em 711, com planos de atravessar Gibraltar, a tribo se uniu com Mouros e Berberes, sob o comando do General Tárique, onde em 19 de Julho de 711, na Batalha de Guadalete (em Jerez de la Frontera), foi morto o rei Rodrigo dos visigodos (Reino Local que deu origem à Espanha).

Os Fajardos tambem foram fundadores da Ordem dos Cavaleiros de Cristo na Catalugna,servindo à Igreja e à Espanha.

Após abandonarem a seita muçulmana e converterem-se ao Cristianismo, passaram a dedicar-se às navegações.

Segundo relatos históricos do Prof. Dr. Hélio Vianna, Catedrático de História do Brasil, da Fundação Museu Imperial do RJ e da UFRJ o primeiro Fajardo a pisar no Brasil foi Dom Juan Fajardo, De Guevara, Almirante em Chefe de 70 Caravelas Portuguesas e Espanholas, que vieram ao Brasil, durante a épica Jornada dos Vassalos.

A Jornada foi Comandada por Dom Fadrique de Toledo Osório, Marque de Valdueza, veio ao Brasil expulsar os holandeses que tentavam tomar Salvador aos Ibéricos do Rei Felipe II em 1624 – Naquela época o Brasil só tinha 124 anos de existência e Pertencia à União Ibérica.
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O Livro citado acima foi me dado pelo meu Pai, seu Antônio Fajardo....impressionante como é antigo, tipo de 1960, algo assim....e que orgulho papai tinha desse achado...
 
Lembro que quando houve a reunião da família Fajardo, na fazenda de Pedro, em Leopoldina - MG, nos idos de 1982, meu pai levou esse livro e dava aulas de história para os primos e primas que chegavam aos montes, foram mais de 800 pessoas reunidas...
 
Os Fajardo, historicamente, sempre se envolveram em atividades de exploração, pesquisa náutica e militarismo...Tivemos e bandeirante Don Jorge de Barros Fajardo, Espanhol nascido na Galícia, sertanista que adentrou o interior de São Paulo com Fernão Dias e Jorge Correa, para explorar o Brasil no longíncuo séc. XVI...
 
Tivemos Don Pedro e Don Juan Fajardo, fidalgos napolitanos que por muito tempo exploraram os mares conhecidos entre os séculos XIII e XIV...
 
E tivemos meu Pai, que participou de um dos maiores conflitos militares da história mundial, barrada em números de mortos apenas pela Guerra dos Cem Anos....ele combateu alemães, italianos e japonese na Segunda Guerra Mundial, embarcado nos Navios de Guerra da Marinha do Brasil...quem for ao Espaço Cultural da Marinha pode ver o único Navio que resta daquela epopéia... O Navio Contra-Torpedeiro Baurú....ele foi um dos tripulantes, nos idos de 1945, como Grumete...
Me lembro com os olhos marejados d'água, minha primeira visita naquela Belonave...eu tinha uns 8 anos e meu pai mostrou-me a metralhadora que ele guarnecia quando soava Postos de Combate....mostrou-me até o beliche em que dormia....que desconforto...
 
Quando entrei no Colégio Militar, seu Antônio sempre ia me ver desfilar em continência ao Comandante, com sua boina verde de ex-combatente...era ótimo vê-lo se orgulhar de mim....mas triste e preocupante, quando tinha que resgatá-lo na enfermaria, após ter passado mal ao ouvir a salva de tiros de canhão de nossa artilharia...era só soar o primeiro estampido que ele começava a passar mal...traumas da guerra que ele levou para seu descando final...

( Foto - Salva de tiros da Bateria de Artilharia do CMRJ - canhões de 104mm - 1992 )

No alvorecer de um novo milênio, nesse mundo globalizado e desacreditado e sem mitos ou fascínios táteis, será que conseguirei dar exemplos tão fortes de honra e coragem a meus filhos, como meu pai me deu ?

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Don Luis Fajardo - Pai de Don Juan Fajardo


Em continuidade ao que foi falado anteriormente, o pai de Don Juan Fajardo, de Guevara, foi Don Luis Fajardo, nobre Castelhano de igual ascendência sobre a coroa Espanhola.



Don Juan Fajardo tinho o título nobiliárquico de Marquês de Espinardo e seu Pai era o Marquês de Los Vélez.

Segundo relatos da história dos nobres oriundos de Guevara, província da Espanha, Don Juan foi nomeado Ministro do Conselho de Guerra do Reino Espanhol, recebeu o título de Marquês de Espinardo, concedido em 7 de agosto de 1627 e foi declarado Cavaleiro da Ordem de Calatrava.

Assim como seu filho, Don Luis era um homem do mar, Gran Chefe de uma Frota Naval Espanhola a mando do Sr. Rei, durante o início do século XVII.



Como Capitão-Mor da Armada Espanhola no Gran Oceano, conquistou em 1614 a cidade de Mamora, no Marrocos.



Procurando comprovar o registro histórico, participo que as evidências acima encontram-se detalhadas em uma publicação arquivada na Torre do Tombo - Lisboa, como parte da biblioteca do Instituto Nacional de Arquivos de Portugal.

Pode ser consultado no atalho: e faz parte da cronologia da história da embaixada portuguesa no Marrocos, de acordo com detalhes contidos em http://www.ambportugal.ma/FR_PT-MA_Historia.html


Jeisom